Posts Tagged ‘Carbon Free’

Ana Karina Belegantt: atleta e profissional Carbon Free

Crédito: João Paulo Lucena

Crédito: João Paulo Lucena

A apresentadora e atleta Ana Karina Belegantt é a primeira personalidade Carbon Free da ONG Iniciativa Verde! Preocupada em como as suas ações podem impactar o meio ambiente, a atleta entrou em contato com a instituição buscando compensar todas as emissões de gases do efeito estufa, causadores do aquecimento global, geradas por suas atividades. Como a Iniciativa Verde é especializada em compensar as emissões com o plantio de árvores nativas da Mata Atlântica – ação que ajuda a preservar a biodiversidade, a água e agrega valor às sociedades rurais –, 51 mudas serão plantadas para “neutralizar” as emissões de Ana Karina Belegantt.

O plantio dessas árvores corresponde à recomposição florestal de 306 m² em área de preservação ambiental. Assim, além de ajudar a preservar a natureza brasileira na prática e de evitar o aquecimento global, Ana Karina ganhou o selo Carbon Free. Ou seja, ela já pode afirmar que, sim, está compensando a sua pegada de carbono! Veja, na entrevista abaixo, o que motivou a apresentadora a trabalhar pelo meio ambiente. Inspire-se em sua história!

Você é um símbolo de pessoa preocupada com o meio ambiente. Como surgiu esse seu respeito pela natureza?

Ana Karina: Desde que eu nasci! Minha mãe é geógrafa, minha irmã é bióloga, tenho grandes amigos biólogos, já morei em uma chácara, em uma ilha no Rio de Janeiro, meu pai foi criado no interior de Santa Catarina que há 70 anos foi mato e florestas, minha vida e profissão são em meio natural… Enfim, faz parte da minha natureza. Acredito que o maior respeito surgiu quando escalei, pela primeira vez, a Pedra Bonita, na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro … Perto dos anos de 1997, 1998… Isso antes de virar para-quedista e ter saltado em alguns locais do nosso Brasil!!! Sou da opinião “conhecer para preservar” e praticar atividades esportivas em meio natural nos possibilidade a conhecer locais nunca vistos nem registrados pelo homem, como estar dentro de um Cânion nos Aparados da Serra (SC/RS) ou poder surfar na única praia com onda do Oceano Atlântico que pertence à Amazônia! Mais que respeito, é nossa obrigação e dever moral preservar, porque somos a natureza e fazer parte dela é ser redundante.

Quais (ou qual) foram os piores problemas ou dificuldades que você enfrentou com relação à preservação ambiental ou, até mesmo, para fazer alguma matéria externa?

Ana Karina: Nunca enfrentei nenhum problema, pelo contrário, todos os locais que percorri até hoje, em todas as regiões do país, o povo tem muito respeito e admiração pela natureza. Enfrentamos problemas políticos e decisões pessoais, egoístas e de interesse apenas de alguns, não da população em geral.  Há três anos, quando sobrevoei uma parte da Amazônia, do estado do Pará para a capital Manaus (AM), o testemunho do desmatamento e da pecuária crescendo no que já foi floresta foi consumado. Aos meus olhos, o problema se tornou tristeza!

O que mais te preocupa com relação ao meio ambiente? Você acredita que ela está sendo mais respeitado?

Ana Karina: Já me preocupei muito com a água. Água potável, os mares e oceanos! Os animais marinhos… Mas acredito que temos grupos fortes e influentes que lutam pelas águas marinhas e seus seres. Atualmente, estou preocupada com lixo nas ruas das grandes cidades, como a que moro, Porto Alegre (RS). O plástico entupindo os bueiros, causando enchentes e alagamentos nas grandes avenidas e pequenas ruas. A quantidade de moradores de rua que espalham os sacos de lixo por onde andam e moram, principalmente nas zonas mais planas da cidade como o centro e os bairros culturais… A quantidade de animais domésticos que andam nas ruas e deixam dejetos espalhados pelas calçadas e seus donos não recolhem… Estou mais focada e aí está também minha preocupação, no que posso fazer para melhorar a conscientização dos meus vizinhos quanto ao lixo no meu condomínio, na minha rua, no meu bairro, na minha cidade, enfim, por onde circulo diariamente. O caminho é longo quanto à conscientização ambiental e o principal foco é a educação, mas também acredito que estamos num processo de evolução, de cuidados, de informações instantâneas sobre o desrespeito, principalmente, sobre o que deixaremos para as próximas gerações. Simultaneamente, estão acontecendo diversos eventos e encontros mundiais, questionamentos e discussões sobre o meio ambiente. E, isso, já é um começo…

Por que você resolveu fazer a compensação das suas emissões de carbono, ou seja, compensar a sua pegada de carbono?

Ana Karina: Porque com o crescimento da população mundial e o, consequente, aumento do consumo acontece a elevação da demanda de energia muito superior do que há dez, 20 anos. E a probabilidade é aumentar cada vez mais! Então, apoiando a compensação do carbono significa que haverá uma redução igual em dióxido de carbono em outro lugar na atmosfera e se eu controlar todo o meu consumo conscientemente, pelo menos um pouquinho, vou reduzir o impacto da minha contribuição negativa da remessa de carbono ao planeta.

Ao calcular as emissões, é possível descobrir os nossos hábitos que mais poluem o meio ambiente. O que te chamou mais atenção sobre as suas emissões?

Ana Karina: A quantidade de utilização do plástico em todo o dia a dia. Estou apavorada! Não me preocupo com a utilização do carro pois ando de bicicleta diariamente, chego a pedalar de seis até dez quilômetros por dia. Mas o plástico, sim, este é o meu vilão.

Ana Karina, Gabriel e João Pedro (enteados, 11 anos) e Katharina (filha, 7 anos). Crédito: João Paulo Lucena

Ana Karina, Gabriel e João Pedro (enteados, 11 anos) e Katharina (filha, 7 anos). Crédito: João Paulo Lucena

O que você já faz para ajudar na preservação da natureza? Deve mudar algo para poupar ainda mais o meio ambiente?

Ana Karina: Tudo! Faço tudo em prol do meio ambiente. Por exemplo: quando saio para passear a pé ou de bike, vou recolhendo o lixo que encontro pelo caminho, garrafas pets, sacos plásticos, latinhas, caixas de papel, tudo o que pode ser reciclado. Parece uma paranoia, mas me sinto bem fazendo isso! E minha filha de sete anos já entrou na mesma atividade consciente e me diz: “Mãe, vamos ajudar a natureza!” Fico orgulhosa de educá-la assim, minha semente já desabrochou!

Quais dicas relacionadas à preservação ambiental você gostaria de deixar para os leitores?

Ana Karina: Pense no futuro, agindo hoje. Que e qual planeta você quer deixar para seus filhos e netos e todas as gerações futuras? Não espere pela limpeza das ruas vinda das prefeituras e governantes, não espere que venha de cima, faça você mesmo e eduque seus filhos para a preservação e respeito ambiental. Não deixe para agir quando for ao meio do mato ou a uma floresta. Comece pela sua casa, pela sua rua, pelo seu bairro… Deixe pelo menos um dia seu carro na garagem e vá a pé, de bicicleta, de skate, de patins… Comece a mudança fazendo uma reforma íntima. Ser ambientalista pelas redes sociais é fácil, mas isso não trás resultados, somente as suas atitudes. Para ser ambientalista ninguém precisa saber disso.

Visite o estande da Iniciativa Verde no XI Fórum e Salão Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis

Mudas são plantadas no Paraná com patrocínio da ABLA

Mudas são plantadas no Paraná com patrocínio da ABLA

Nos dias 18 e 19 de setembro, a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) realizará o XI Fórum e Salão Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). A Iniciativa Verde estará presente no evento com um estande de 25 m² para divulgação de seus projetos e sensibilizar as empresas do setor para a importância de compensar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Setor em crescimento

Em 2012, o segmento de locação de automóveis teve um faturamento de mais de R$ 6 bilhões e cresceu cerca de 10 % em relação a 2011. O setor também é responsável pela compra de aproximadamente 8% dos veículos da indústria automobilística brasileira com mais de 20,2 milhões de clientes por ano.

ABLA e Iniciativa Verde

As duas organizações já possuem uma parceria de sucesso iniciada em 2009. Desde a data, cerca de 14 projetos foram responsáveis pelo plantio de 800 árvores. A ABLA tem buscado compensar suas emissões de diversas atividades como das publicações da “Revista Locação” e do “Anuário ABLA”, além deste próprio evento.

Procure o estande da Iniciativa Verde no Fórum, conheça mais sobre os projetos da organização e compense suas emissões. Ele contará com uma exposição de fotos sobre a recomposição da Mata Atlântica e com apresentações multimídias sobre o trabalho socioambiental da ONG. Venha nos conhecer pessoalmente!

O planeta agradece!

Informações para a imprensa: Reinaldo Canto, assessor de imprensa, imprensa@iniciativaverde.org.br  .

Mais de 445 mil árvores foram plantadas graças ao Programa Carbon Free

infocarbonfreeJá pensou em como empresas, eventos ou pessoas compensam as suas emissões de gases de efeito estufa (GEE)? Por meio do Programa Carbon Free, desenvolvido pela ONG Iniciativa Verde. Em oito anos de existência, mais de 445 mil árvores foram plantadas e 70 mil toneladas de carbono equivalente foram “neutralizadas” graças ao programa.

Toda atividade humana emite direta ou indiretamente uma quantidade de gases que podem agravar o aquecimento global. Um evento, por exemplo, pode gerar GEE quando os seus participantes se deslocam para chegar ao lugar em questão, principalmente, ao utilizar o avião como meio de transporte. Já a construção de uma nova sede requer materiais que usam energia para serem fabricados.

No Programa Carbon Free, as emissões de GEE são compensadas por meio da recomposição da Mata Atlântica. Ou seja, a Iniciativa Verde faz o plantio de árvores nativas de um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo em áreas de preservação permanente – atestando que elas serão protegidas – para compensar as emissões daquele que adere ao programa. Aproximadamente, cada árvore nativa absorve 190 quilos de carbono ao longo de seu crescimento.

Além de resguardar o meio ambiente, o Programa apresenta mais vantagens: a evolução de todos os plantios pode ser acompanhada online, a atividade atestada recebe o certificado de participação e o reconhecido selo Carbon Free.

Saiba mais no site da Iniciativa Verde.

Arval compensa emissões de suas atividades pelo Carbon Free

Parceria entre empresa do ramo de frotas empresariais e a Iniciativa Verde concluiu em janeiro o plantio de 1.163 árvores nativas da Mata Atlântica, o que corresponde a uma compensação de 183,99 toneladas de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. O projeto é o segundo consecutivo que a empresa fecha com a Iniciativa Verde. No ano passado, foram plantadas 1.615 árvores.

Para chegar ao número de árvores, a Iniciativa Verde fez um levantamento das atividades da empresa no ano de 2012. As principais atividades contabilizadas são o transporte dos funcionários, consumo de energia e o transporte aéreo dos executivos.

Os restauros contratados pela Arval podem ser monitorados pelo site da Iniciativa Verde.

Compromisso e conscientização

A Arval reforçou seu compromisso com o meio ambiente ao implantar o programa Carbon Free em 2011. “Acreditamos que o combate ao aquecimento global e a preservação do meio ambiente são responsabilidades de todos, inclusive do setor privado. A Iniciativa Verde é nossa parceira nesta missão e neste ano plantaremos mais de mil árvores para compensar as emissões de monóxido de carbono decorrentes da atuação da Arval em 2012”, conta Natália Menezes, coordenadora de marketing da Arval Brasil.

Com o programa foi possível elevar a conscientização ambiental dos colaboradores. “Apesar do aumento da equipe, o plantio de árvores será 39% menor do que na primeira edição, uma prova de que os colaboradores estão mais preocupados com a causa ambiental no exercício de suas atividades”, completa Natália.

Sobre a Arval

Fundada em 1989, a Arval é uma subsidiária do Grupo BNP Paribas-França especializada em gestão de frotas empresariais.

BNP Paribas é um dos principais bancos da Zona do Euro, e um dos dez mais importantes do mundo em termos de rendimento líquido bancário, capital de empresa e valor de mercado. O Grupo está presente em 85 países, com mais de 205 mil colaboradores, dos quais 165.200 estão na Europa. O Grupo mantém posição chave em três atividades: comércio bancário empresarial e de investimentos; serviços e gestão de ativo; e banco comercial.

Sobre o Selo Carbon Free

O Selo Carbon Free atesta que determinada atividade teve suas emissões de gases de efeito estufa inventariadas (utilizando a metodologia GHG Protocol) e compensadas por meio de restauro florestal de Mata Atlântica. A metodologia do programa excede as exigências da Resolução 30, de 14 de maio de 2009 da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que estabelece orientação para projetos voluntários de reflorestamento para compensação de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Empresas, produtos ou eventos que participam do programa recebem o selo que pode ser utilizado em sua comunicação e publicidade, bem como, um certificado com o número de árvores que foram plantadas e a quantidade de gases de efeito estufa compensada.

Sobre a Iniciativa Verde

A Iniciativa Verde é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que tem como missão contribuir para a construção de um novo tempo baseado em uma economia de baixo carbono e na redução dos impactos ambientais causados pelas atividades humanas.

A instituição acredita na busca por novas alternativas de desenvolvimento e oferece uma gama de projetos relacionados ao combate às mudanças climáticas, recuperação ambiental, conservação da biodiversidade e restauro florestal.

Leia mais sobre os restauros florestais e conheça os projetos de restauro da Iniciativa Verde.

Cerimônia de Plantio Iniciativa Verde – Arquivo: 18/02/2009

No último sábado, dia 14, a Iniciativa Verde realizou em Porto Feliz, a cerimônia que marcou as atividades de restauros florestais dos programas Carbon Free e Amigo da Floresta – 2008.

Os convidados, entre parceiros, amigos da Iniciativa Verde e comunidade do Assentamento Rural de Porto Feliz foram recepcionados com um café da manhã com especialidades da cozinha da comunidade.

Os presentes tiveram a oportunidade de vivenciar o processo de plantio de mudas nativas em uma das áreas de preservação a serem restauradas este ano. No local aprenderam sobre a técnica de plantio utilizada com o técnico responsável da Iniciativa Verde, e prontamente a colocaram em prática.

O evento marcou as atividades de plantio das quase 80 mil mudas de espécies arbóreas nativas que proporcionarão o nascimento de novos fragmentos florestais em nove municípios diferentes dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rondônia (São Paulo, Porto Feliz, Jaú, São Carlos, Patrocínio Paulista, São Francisco Xavier, São Tomaz de Aquino, Rio de Janeiro e Ouro Preto D’ oeste) que juntos somam aproximadamente 50 hectares.

Estas novas florestas proporcionarão a preservação dos recursos hídricos, do solo e da biodiversidade local, contribuindo também para a redução do efeito estufa.

Plantio Simbólico SPFW – Carbon Free no Parque do Carmo – Arquivo: 02/02/2009

Evento de Plantio das mudas para compensação de emissões de gases do efeito estufa da edição de verão 2008 do SPFW pela Iniciativa Verde em parceiria com o Parque do Carmo e o Centro de Pesquisa em História Natural.

http://www.youtube.com/watch?v=RimP_nURUPc&feature=player_embedded

SPFW terá mais um ano Carbon Free – Arquivo: 13/01/2009

Publicado originalmente em Terra – Moda em 12/01/09

O São Paulo Fashion Week já deu início ao seu projeto Carbon Free em 2009. Paulo Borges, diretor geral da maior semana de moda da América Latina, esteve ontem no Parque do Carmo, em São Paulo, para a cerimônia que marcou o início do plantio de árvores no local.

Esta foi a primeira vez que o plantio pôde ser realizado na região metropolitana de São Paulo, graças a uma parceria entre a Iniciativa Verde e o Centro de Pesquisas de História Natural, que identificou dentro do Parque uma área apropriada para a ação. No total, serão plantadas 7.372 árvores que compensarão 1.168 toneladas de CO2 emitidas em decorrência das edições Inverno 2008 e Verão 2009 da SPFW.

Ao lado de Francisco Maciel, presidente da Iniciativa Verde, Paulo falou sobre a importância em incentivar a mudança no comportamento de consumo e a compensação das emissões de gases de efeito estufa por meio de restauros florestais. Ele ressaltou também o ineditismo do projeto, que tornou o SPFW uma referência em responsabilidade ambiental no mercado de moda. Ao final da cerimônia, os participantes seguiram para a ação e iniciaram o plantio das mudas no Parque do Carmo.

O São Paulo Fashion Week é parte do programa Carbon Free desde 2007, reutilizando todo o material cenográfico, reduzindo consumo de energia elétrica e reciclando materiais, entre outras ações. No ano de 2007, foram plantadas 7.970 árvores de espécies nativas da Mata Atlântica nas margens do Ribeirão dos Macacos, no município de Lorena-SP.

Árvores do “Cidades e Soluções”: bastidores da neutralização de carbono do programa – Acervo: 30/11/2008

Publicado originalmente em 27/11/08  no blog do Cidades e Soluções

O “Cidades e Soluções” é o primeiro programa neutro em carbono da televisão brasileira. O repórter Fábio Ventura vai mostrar no próximo domingo, às 21h30, o local exato onde são plantadas as mudas de árvores que tornam isso possível. Desde o início de 2007, as emissões de gases estufa de cada edição são compensadas com o plantio de mudas de espécies nativas de mata atlântica. Até o final deste ano serão plantadas 996 árvores em matas ciliares – nas margens dos rios – no município de São Carlos (SP), gerando inúmeros benefícios na região.

Flávio Marchesin não é jornalista. Mesmo assim, se tornou um dos colaboradores mais importantes do Cidades e Soluções. No sítio dele, está o compromisso ambiental. Lá foram plantadas as árvores responsáveis pela compensação de carbono emitido pelo programa.

A pequena floresta deu vida às margens do Ribeirão do Feijão que serpenteia a propriedade e diminuiu o risco de assoreamento. O rio abastece 40% da cidade de São Carlos, que tem aproximadamente 230 mil habitantes.

Flávio utiliza essa mesma água para irrigar as hortas. Água mais limpa se traduz em produção mais saudável, em mais mercado, em mais renda para o produtor. Com o plantio, ele também resolveu o passivo ambiental que tinha na propriedade. São muitos benefícios. O que mais o orgulha é saber que o sítio se tornou endereço de conscientização. Crianças de todas as idades vão conhecer o projeto e se tornam agentes de mudança.

Como bom homem do campo, Flávio tem a prosa fácil, porém sem baixar a guarda nos primeiros minutos de contato. Confesso que contribuí para a desconfiança. Como estava bastante interessado no assunto, fiz muitas perguntas em pouco tempo, o que foi interpretado como falta de informação sobre o tema. Descobri isso de uma maneira inusitada. Logo no início da reportagem, já colocamos o microfone sem fio no produtor rural. Ele esqueceu que estava ligado e ao se distanciar um pouco da equipe de reportagem fez um comentário. “Poderia ter sido mandado um repórter que entendesse mais de meio ambiente”, disse ele ao representante da organização Iniciativa Verde. Não contamos a ele que o microfone estava ligado para não deixá-lo sem graça nem ficarmos sem graça. Afinal, parecia que eu e o repórter cinematográfico Wilson Aielo estávamos ouvindo uma conversa alheia, quando na verdade ela chegava a nós pelas ondas sonoras.

Como pode ser visto na reportagem, a desconfiança foi diluída em pouco tempo e ele entendeu melhor o meu papel. O resultado: depoimentos ricos em informação e em emoção. Ele deve ter tido o mesmo sentimento desconfiado quando ficou sabendo que poderia ser remunerado para plantar árvores. A mesma saudável desconfiança que quando superada se transforma em compromissos sérios. E o dele em cultivar sustentabilidade já está mais firme do que madeira de carvalho.

O mito do Carbono Zero – Acervo: 29/09/2008

O mito do carbono zero
Publicado em 28.09.2008 no Jornal do Comércio

A denominação carbono neutro, para designar preocupação ambiental, está mais difundida do que nunca. No entanto, pode não passar de propaganda

Angela Fernanda Belfort

Produtos, empresas e até eventos fazem questão de divulgar que são carbono neutro ou carbono zero. Essa denominação se enquadra para aqueles que encontraram uma maneira de neutralizar todas as emissões de carbono, que são feitas quando se produz qualquer coisa – desde um carro até um seminário. As emissões dos gases que contribuem para o efeito estufa, como o carbono, são feitas quando, por exemplo, se queima combustível fóssil. Nessa neutralização, são implantadas ações que reduzem o efeito dessas emissões. O nome carbono neutro está em tantos lugares, mas não existe qualquer órgão público federal ou estadual monitorando se essas iniciativas resultam, de fato, na compensação do que está sendo divulgado.

“Várias dessas empresas fazem do carbono zero uma estratégia de marketing e não se preocupam em comprovar se realmente está ocorrendo a compensação dos gases que elas produziram”, comenta o consultor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Projetos, Leonardo Ciuffo Duarte. A compensação mais comum que está sendo feita por Organizações Não-Governamentais (ONGs), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) e consultorias é o plantio de árvores, como forma de compensar a quantidade de carbono ou de gases que provocam o efeito estufa que foram emitidos para a atmosfera. No seu crescimento, as árvores retiram o carbono da atmosfera.

Em São Paulo, já existem pelo menos 10 consultorias que calculam quanto de carbono o plantio de árvores pode sequestrar da atmosfera. “No nosso cálculo, sabemos que uma árvore da Mata Atlântica cresce por 37 anos e durante esse período ela vai sequestrar 190 quilos de gás carbônico. Mas há projetos que dizem que apenas uma árvore absorve de 400 quilos a 1.000 quilos (uma tonelada) de carbono por ano”, disse o diretor de comunicação da Iniciativa Verde, David Dieguez, acrescentando que tem empresas que fazem a compensação de forma correta e “outras não tão corretas”. A Iniciativa Verde é uma Oscip que faz projetos de restauro florestal.

“Defendemos que a secretaria do Meio Ambiente de São Paulo deveria publicar um manual de boas práticas em relação aos programas de compensação de emissões, porque isso iria orientar as empresas que atuam no setor e também a população para acompanhar esses projetos”, comentou Dieguez.

O próprio ministério da Ciência e Tecnologia admite que este é um mercado voluntário e que não há qualquer regulação. “Falta certificação que comprove que está ocorrendo essa compensação do carbono”, comentou o consultor da FGV Projetos. A sugestão dele é que as empresas que fazem esse tipo de iniciativa deveriam utilizar uma metodologia parecida com aquela que é utilizada para que as empresas vendam crédito de carbono. Nesse caso, elas obedecem cálculos que são os mesmos em qualquer lugar do planeta, com variáveis definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e também passam por certificações feitas por auditorias internacionais.

A maioria dos executivos e diretores que trabalham nessa área dizem que as empresas estão aderindo ao carbono neutro principalmente por uma questão de estratégia de marketing, que é interessante para as companhias. A natureza agradece pelo plantio das árvores, mas é difícil ter certeza que as empresas estão neutralizando, realmente, todas as suas emissões.

Itaú realiza debate sobre eficiência energética no Rio de Janeiro

Publicado em Portal Fator Brasil em 18/09/2008

Evento reunirá jornalistas, clientes e acadêmicos para tratar sobre eficiência energética e cases empresariais.

São Paulo – Como otimizar o consumo de energia, quais os benefícios gerados para os usuários e a sociedade e o meio ambiente, quais as barreiras para implementação, são algumas das questões que estarão presentes na próxima edição do “Diálogos Itaú de Sustentabilidade”, que mais uma vez vai ao Rio de Janeiro. Além de estimular o debate sobre a real motivação da busca pela atuação econômica e socioambiental, com o tema: “Sustentabilidade e Eficiência Energética”, o encontro trará cases de sucesso de empresas sediadas no município. O “Diálogos” será realizado nessa quinta-feira (18 de setembro), na Academia Brasileira de Letras, no Teatro Raimundo Magalhães Junior (Av. Av. Presidente Wilson, 203, 1º andar ) a partir de 18h30.

“O Diálogos volta ao Rio de Janeiro para darmos seqüência a esse importante debate com empresas que possuem boas práticas de responsabilidade socioambiental, como a Neoenergia. Queremos gerar reflexões sobre o tema em discussão que, nesse caso, abordará a desmistificação da sustentabilidade gerida pelas instituições”, explica Sonia Favaretto, superintendente de Sustentabilidade e Comunicação Interna e Institucional do Itaú.

O debate terá apresentações do vice-presidente da ABESCO, Marco Antonio Donatelli, e de case da empresa Neoenergia, com a superintendente Ana Christina Mascarenhas. O evento terá mediação da jornalista Sonia Araripe, diretora da Revista Plurare. O encontro é aberto ao público, que pode confirmar presença no telefone 0800 772 23 39.

Histórico de debates – Em março, o Itaú iniciou o ciclo de debates 2008 do “Diálogos Itaú de Sustentabilidade” em São Paulo, trazendo o tema “Mercado de Crédito de Carbono: cenários, perspectivas e desafios”. O encontro contou com a presença do embaixador Rubens Barbosa, com a palestra “Cenário atual e tendências do mercado de crédito de carbono”, e com a apresentação de cases da Santaelisa Vale S/A e Klabin, duas referências no uso de créditos de carbono no Brasil. A mediação do debate ficou a cargo do jornalista Ricardo Voltolini, especializado na cobertura de responsabilidade socioambiental.

Em junho, Porto Alegre recebeu o “Diálogos”, também para discutir a Sustentabilidade como Diferencial ou Condição. O debate teve a apresentação de Clarissa Lins, Diretora da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, e com a presença de executivos da Braskem, maior empresa petroquímica da América-Latina e da Vonpar, franqueada da Coca-Cola no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Dando continuidade, em agosto o debate foi em Campinas com a participação da Elektro e CPFL e um público de mais de 250 pessoas. Tais eventos têm suas emissões compensadas pela ONG Iniciativa Verde

Nos últimos dois anos, o “Diálogos Itaú de Sustentabilidade” esteve presente em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com a participação de nomes como Steven Rochlin, diretor da Accountability International, José Goldemberg, professor e doutor em Ciências Físicas pela Universidade de São Paulo, Cláudio Boechat, da Fundação Dom Cabral – FDC. Executivos da Natura, Sadia, Duratex, Petrobras, Coca-Cola, Companhia Vale do Rio Doce, Cemig e Wobben Wind Power contaram suas experiências e debateram temas como mudanças climáticas, diferenciais, índices, as oportunidades e desafios da prática de sustentabilidade nas empresas.

Sustentabilidade no Itaú – Ao longo de sua história, o Itaú procura combinar consistente desempenho financeiro com atitudes que privilegiam a ética, a transparência no relacionamento com clientes, colaboradores, acionistas e comunidade e a competência gerencial, colocando-se a serviço da sociedade na busca conjunta de soluções para os problemas sociais e ambientais. Em linha com esses valores, o Itaú é a primeira empresa brasileira a se associar à AccountAbility, organização internacional criada em 1995 com o objetivo de promover inovações e a disseminação de práticas socialmente responsáveis. Considerada hoje uma referência, entre as iniciativas da AccountAbility merece destaque a AA1000, um conjunto de diretrizes ligadas à ética e à responsabilidade social, cuja adoção é passível de auditoria externa. O Banco Itaú e o Itaú BBA reafirmaram seu compromisso aderindo à versão revisada dos Princípios do Equador em julho de 2006, por meio dos quais se comprometem a observar a política social e de meio ambiente da IFC (Internacional Finance Corporation), organismo do Banco Mundial, nas operações de financiamento de projetos. Indo além do estabelecido, os critérios socioambientais já são aplicados no Banco Itaú a projetos com valor a partir de R$ 5 milhões. O Banco Itaú tem também investido em programas de ecoeficiência, iniciados em 2004, com o objetivo de reutilização de água e reciclagem de materiais diversos. No Brasil, o Itaú compõe o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World) por 9 anos consecutivos e o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa. Foi avaliado, em 2007, pela terceira vez consecutiva, como o banco mais ético e mais sustentável entre os maiores bancos da América Latina, pela Latin Finance/Management & Excellence. Foi também o primeiro banco estrangeiro, com negociações na Bolsa de Valores de Nova York, a atender às exigências da Sarbanes-Oxley. | Site: http://www.itaufinancassustentaveis.com.br