Archive for the ‘Por Dentro da Iniciativa Verde’ Category

Poder público e aquecimento global

O decisivo apoio à redução das emissões passa pelo entendimento sobre as suas consequências e pela adoção de medidas que tragam resultados

Uma portaria da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da capital paulista, definiu a obrigatoriedade de se compensar a emissão de gases de efeito estufa (GEEs) de todos os eventos realizados em parques municipais da cidade, desde 2007. Essa portaria define o plantio de árvores como a forma correta de se cumprir a determinação legal.

A Iniciativa Verde é uma das organizações que tem participado desse processo, sendo contratada por diversas empresas para compensar a emissão de seus eventos.  Graças à portaria, a Iniciativa Verde compensou mais de 100 eventos e plantou cerca de 40 mil árvores correspondentes a 24 hectares ou o equivalente a dois Parque da Aclimação recompostos em áreas de preservação.

Além da aprovação da Secretaria do Verde, ao contratar a Iniciativa Verde, as empresas organizadoras desses eventos receberam também o selo Carbon Free atestando a compensação dos impactos gerados pela emissão de gases de efeito estufa. Todas as árvores plantadas pela Iniciativa Verde são nativas da Mata Atlântica e contribuem para recuperar áreas degradadas e ajudam a proteger mananciais e fontes de água. Entre os eventos mais conhecidos do público compensados pela organização estão o São Paulo Fashion Week e o Festival de Cultura Japonesa.

Para Lucas Pereira, diretor da organização e responsável pelo Carbon Free, a portaria é muito positiva: “Ela contribui para a mitigação do carbono equivalente emitido, mas também serve de ação educativa e de conscientização podendo, tranquilamente, ser adotada por outras cidades e mesmo por áreas privadas de eventos”.

Maior responsabilidade do setor privado

Entre os principais argumentos utilizados para a adoção da portaria está a necessidade de reduzir os impactos ambientais. No caso dos parques, em exposições artísticas, culturais e atividades esportivas e de lazer, esses impactos são causados, principalmente, pelo deslocamento de pessoas para participar desses encontros, além pelos consumos de água e energia e geração de resíduos. Pelo programa Carbon Free, todas essas ações são contabilizadas e transformadas em carbono equivalente – maneira usada para calcular a quantidade de árvore a ser plantada.

O fato de um crescente movimento de empresas buscarem compensar voluntariamente suas emissões também é destacado na portaria como uma tendência global.Portanto, a Prefeitura não está “inventando a roda” ou trazendo dificuldades para os organizadores dos eventos, mas, sim, cumprindo seu papel de legislar a favor da sociedade.

O sucesso da medida merece ser preservado

A Iniciativa Verde também considera fundamental manter intacto o princípio básico da portaria que destaca: “A empresa, associação ou indivíduo responsável pelo evento deverá apresentar, no ato da assinatura do termo de responsabilidade, a estimativa técnica das emissões de GEE que serão geradas pela atividade e a compensação dessas emissões EM PLANTIO DE ÁRVORES”. Para o presidente da organização, Roberto Resende, a possibilidade de se utilizar de outras formas de compensação sem o plantio de árvores, pode ser mais barato para os organizadores, mas mesmo que também tenha o seu valor, acaba por enfraquecer os objetivos propostos pela portaria. Segundo ele, “o plantio de árvores é uma alternativa de compensação superior a outras, como os créditos de Carbono, pois reúne vários benefícios. Além do efeito global também contribui localmente, ao melhorar a paisagem, proteger os recursos hídricos e a biodiversidade. Este tipo de projeto também gera emprego e renda mais perto das atividades que provocaram as compensações. É muito melhor quando um projeto pode, além de contribuir para mitigar as mudanças climáticas, proteger os mananciais da cidade”.

Dessa forma, a Iniciativa Verde tem discutido com outras ONGs e agentes públicos a manutenção a norma e, mais, a sua ampliação em formato legal e em efeitos. A proposta é apresentar um Projeto de Lei para tornar obrigatória a realização de inventários e de compensações para todos os eventos de grande porte realizados na cidade de São Paulo por meio do plantio de árvores.

Além do caráter educativo, a nova lei pode ampliar, sem onerar significativamente o setor, a possibilidade de financiamentos de projetos de recuperação florestal de interesse da população paulistana.

 

Mais de 804 mil razões para apoiar o trabalho da Iniciativa Verde

DSC_9538Organização supera o plantio de 800 mil árvores com grandes ganhos sociais e ambientais

Após completar oito anos de atividades, a Iniciativa Verde recentemente superou a marca de 804 mil árvores nativas plantadas em áreas degradadas de mananciais e fontes de água. Esses plantios correspondem a 685 campos de futebol ou 480 hectares.

Além de projetos específicos desenvolvidos em parceria com o BNDES, Funbio, Itaú, HSBC e Petrobras, essa grande conquista foi possível graças ao apoio de mais de 600 empresas em mais de 1.200 projetos que decidiram compensar voluntariamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE), por meio do programa Carbon Free, de suas operações, eventos, construção de lojas e processos produtivos.  Esses projetos foram responsáveis pela compensação de aproximadamente 80 mil toneladas de dióxido de carbono.

O programa Carbon Free dá direito ao selo de mesmo nome atestando que aquela atividade foi compensada por meio da recomposição florestal. Esta, durante o crescimento das árvores, irá absorver o carbono equivalente emitido por essa atividade.

Pessoas físicas também contribuíram com seus recursos em benefício de projetos de recuperação da floresta nativa. Por meio do Amigo da Floresta, você também pode destinar algumas árvores para os projetos de recomposição florestal da Iniciativa Verde.

Benefícios para a sociedade

Os ganhos vão muito além do plantio de árvores. Como a Iniciativa Verde atua em parceria com agricultores e comunidades rurais, o trabalho da organização já propiciou renda e emprego para diversas famílias em propriedades rurais dos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, entre outros. Todo esse movimento chega às cidades, algumas bem pequenas, contribuindo para incrementar o comércio local. Além disso, os técnicos da Iniciativa Verde buscam o apoio e o bom relacionamento com o poder público e representantes locais da sociedade civil para gerar ações de conscientização e educação ambiental nas áreas próximas aos restauros.

A Iniciativa Verde está consciente da difícil tarefa que é recuperar, ao menos uma parte, de um dos biomas mais degradados e ameaçados do planeta. Mas a cada avanço, a cada novo projeto fechado e executado com os efeitos práticos conquistados, os membros da organização têm a certeza da relevância em lutar em prol da riqueza e exuberância de nossa Mata Atlântica.

Equipe da Iniciativa Verde grava boletins nas rádios Eldorado e Estadão

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Da esquerda para a direita: Reinaldo Canto, assessor de imprensa da Iniciativa Verde, Jéssica Campanha, do departamento técnico, e Pedro Barral, diretor florestal.

A equipe da Iniciativa Verde gravou hoje (dia 11) mais nove boletins de um minuto cada sobre meio ambiente para as rádios Eldorado e Estadão. A parceria entre as organizações inclui a compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) das atividades cotidianas das rádios por meio do programa Carbon Free, da Iniciativa Verde. Para isso, serão plantadas 1.675 árvores de Mata Atlântica em áreas degradadas. Saiba mais sobre a parceria aqui.

Ouça os boletins:

Rádio Eldorado – 107,3 em três edições diárias terças, quintas e sábados em horário rotativo;

Rádio Estadão – 92,9 também em três edições diárias segundas, quartas e sextas no período entre 14h40 e 20h40.

Boletins da Iniciativa Verde nas rádios Estadão e Eldorado abordam mudanças climáticas e meio ambiente

DSC00918A parceria inclui a compensação das emissões causadas pelas atividades cotidianas das rádios

Nesta terça-feira, dia 26 de novembro, começam a ser veiculados boletins com duração de um minuto durante a programação das rádios Eldorado e Estadão nos meses de novembro e dezembro. Serão mais de 20 temas com conteúdo informativo e educativo todos ligados de maneira direta ou indireta com o trabalho de recomposição realizado pela Iniciativa Verde há oito anos.

Após a conclusão do inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelas rádios no período de um ano, para que as emissoras recebam o selo Carbon Free, a Iniciativa Verde constatou a necessidade do plantio de 1.675 árvores que serão destinadas a áreas degradadas da Mata Atlântica no estado de São Paulo e terão a importante função de proteger mananciais e matas ciliares. Essa compensação corresponderia a cerca de 250 pessoas usando automóveis particulares 1.0 movidos à gasolina no período de um ano.

Durante anúncio da parceria feito dia 25, o presidente da Iniciativa Verde, Roberto Resende, disse que “tão importante quanto o plantio das árvores é a conquista desse espaço para a divulgação sobre a relevância desse trabalho e também para mostrar bons exemplos de empresas que fazem compensações voluntárias de suas emissões e que pode e deve ser replicado em outras corporações”.

A programação dos boletins está prevista para ir ao ar da seguinte maneira:

Rádio Eldorado – 107,3 em três edições diárias terças, quintas e sábados em horário rotativo;

Rádio Estadão – 92,9 também em três edições diárias segundas, quartas e sextas no período entre 14h40 e 20h40.

As muitas batalhas e vitórias da Iniciativa Verde

Organização está próxima de atingir a expressiva marca de 800 mil árvores plantadas

Recomposição florestal feita pela Iniciativa Verde em Porto Feliz (SP)

Recomposição florestal feita pela Iniciativa Verde em Porto Feliz (SP)

Já se passaram oito anos de muitas lutas, inúmeras batalhas e boas vitórias alcançadas em prol da recuperação da Mata Atlântica e, consequentemente, de um ambiente melhor para se viver.

Muito pé na lama, grandes caminhadas, picadas de mosquitos, chuvas intermitentes e calor escaldante sempre estiveram no caminho das equipes florestais da Iniciativa Verde, mas a satisfação pelo trabalho realizado compensou com sobras esses desconfortos.

Como mostram as fotos, onde antes víamos áreas tristes e degradadas, hoje podem ser contempladas matas e vegetações em plena recuperação.  Com as árvores, voltam os insetos, os pássaros, mamíferos, répteis… Enfim, a vida em toda a sua exuberância que fez da Mata Atlântica um dos locais mais ricos do planeta.

A Iniciativa Verde, nesse curto período de tempo, obviamente, não foi capaz de reverter os séculos de agressões sofridos pela Mata Atlântica, mas tem feito a sua parte já tendo contribuído com o plantio de cerca de 800 mil árvores em 480 hectares, correspondentes a 685 campos de futebol.

A instituição conseguiu recompor tudo isso graças a, aproximadamente, 1.200 projetos (Amigo da Floresta e Carbon Free) feitos em parceria com mais de 600 financiadores!

Estiveram envolvidas tantas famílias, de tantas propriedades rurais, conscientes de suas responsabilidades quanto à preservação ambiental vital para a vida de todos.

Os próximos oito e muitos anos

Novos projetos não faltam, parcerias com o BNDES e a Petrobras estão em pleno andamento. As empresas com responsabilidade social e ambiental seguem compensando suas emissões pelo Carbon Free.

Neste momento, nosso pessoal de campo renova esperanças, expectativas e já prepara as botas, capas de chuva, chapéus e bonés e, claro, muito repelente para as picadas de insetos para enfrentar novos desafios!

O futuro promete ser mais verde! Portanto, mãos à terra!

Ana Karina Belegantt: atleta e profissional Carbon Free

Crédito: João Paulo Lucena

Crédito: João Paulo Lucena

A apresentadora e atleta Ana Karina Belegantt é a primeira personalidade Carbon Free da ONG Iniciativa Verde! Preocupada em como as suas ações podem impactar o meio ambiente, a atleta entrou em contato com a instituição buscando compensar todas as emissões de gases do efeito estufa, causadores do aquecimento global, geradas por suas atividades. Como a Iniciativa Verde é especializada em compensar as emissões com o plantio de árvores nativas da Mata Atlântica – ação que ajuda a preservar a biodiversidade, a água e agrega valor às sociedades rurais –, 51 mudas serão plantadas para “neutralizar” as emissões de Ana Karina Belegantt.

O plantio dessas árvores corresponde à recomposição florestal de 306 m² em área de preservação ambiental. Assim, além de ajudar a preservar a natureza brasileira na prática e de evitar o aquecimento global, Ana Karina ganhou o selo Carbon Free. Ou seja, ela já pode afirmar que, sim, está compensando a sua pegada de carbono! Veja, na entrevista abaixo, o que motivou a apresentadora a trabalhar pelo meio ambiente. Inspire-se em sua história!

Você é um símbolo de pessoa preocupada com o meio ambiente. Como surgiu esse seu respeito pela natureza?

Ana Karina: Desde que eu nasci! Minha mãe é geógrafa, minha irmã é bióloga, tenho grandes amigos biólogos, já morei em uma chácara, em uma ilha no Rio de Janeiro, meu pai foi criado no interior de Santa Catarina que há 70 anos foi mato e florestas, minha vida e profissão são em meio natural… Enfim, faz parte da minha natureza. Acredito que o maior respeito surgiu quando escalei, pela primeira vez, a Pedra Bonita, na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro … Perto dos anos de 1997, 1998… Isso antes de virar para-quedista e ter saltado em alguns locais do nosso Brasil!!! Sou da opinião “conhecer para preservar” e praticar atividades esportivas em meio natural nos possibilidade a conhecer locais nunca vistos nem registrados pelo homem, como estar dentro de um Cânion nos Aparados da Serra (SC/RS) ou poder surfar na única praia com onda do Oceano Atlântico que pertence à Amazônia! Mais que respeito, é nossa obrigação e dever moral preservar, porque somos a natureza e fazer parte dela é ser redundante.

Quais (ou qual) foram os piores problemas ou dificuldades que você enfrentou com relação à preservação ambiental ou, até mesmo, para fazer alguma matéria externa?

Ana Karina: Nunca enfrentei nenhum problema, pelo contrário, todos os locais que percorri até hoje, em todas as regiões do país, o povo tem muito respeito e admiração pela natureza. Enfrentamos problemas políticos e decisões pessoais, egoístas e de interesse apenas de alguns, não da população em geral.  Há três anos, quando sobrevoei uma parte da Amazônia, do estado do Pará para a capital Manaus (AM), o testemunho do desmatamento e da pecuária crescendo no que já foi floresta foi consumado. Aos meus olhos, o problema se tornou tristeza!

O que mais te preocupa com relação ao meio ambiente? Você acredita que ela está sendo mais respeitado?

Ana Karina: Já me preocupei muito com a água. Água potável, os mares e oceanos! Os animais marinhos… Mas acredito que temos grupos fortes e influentes que lutam pelas águas marinhas e seus seres. Atualmente, estou preocupada com lixo nas ruas das grandes cidades, como a que moro, Porto Alegre (RS). O plástico entupindo os bueiros, causando enchentes e alagamentos nas grandes avenidas e pequenas ruas. A quantidade de moradores de rua que espalham os sacos de lixo por onde andam e moram, principalmente nas zonas mais planas da cidade como o centro e os bairros culturais… A quantidade de animais domésticos que andam nas ruas e deixam dejetos espalhados pelas calçadas e seus donos não recolhem… Estou mais focada e aí está também minha preocupação, no que posso fazer para melhorar a conscientização dos meus vizinhos quanto ao lixo no meu condomínio, na minha rua, no meu bairro, na minha cidade, enfim, por onde circulo diariamente. O caminho é longo quanto à conscientização ambiental e o principal foco é a educação, mas também acredito que estamos num processo de evolução, de cuidados, de informações instantâneas sobre o desrespeito, principalmente, sobre o que deixaremos para as próximas gerações. Simultaneamente, estão acontecendo diversos eventos e encontros mundiais, questionamentos e discussões sobre o meio ambiente. E, isso, já é um começo…

Por que você resolveu fazer a compensação das suas emissões de carbono, ou seja, compensar a sua pegada de carbono?

Ana Karina: Porque com o crescimento da população mundial e o, consequente, aumento do consumo acontece a elevação da demanda de energia muito superior do que há dez, 20 anos. E a probabilidade é aumentar cada vez mais! Então, apoiando a compensação do carbono significa que haverá uma redução igual em dióxido de carbono em outro lugar na atmosfera e se eu controlar todo o meu consumo conscientemente, pelo menos um pouquinho, vou reduzir o impacto da minha contribuição negativa da remessa de carbono ao planeta.

Ao calcular as emissões, é possível descobrir os nossos hábitos que mais poluem o meio ambiente. O que te chamou mais atenção sobre as suas emissões?

Ana Karina: A quantidade de utilização do plástico em todo o dia a dia. Estou apavorada! Não me preocupo com a utilização do carro pois ando de bicicleta diariamente, chego a pedalar de seis até dez quilômetros por dia. Mas o plástico, sim, este é o meu vilão.

Ana Karina, Gabriel e João Pedro (enteados, 11 anos) e Katharina (filha, 7 anos). Crédito: João Paulo Lucena

Ana Karina, Gabriel e João Pedro (enteados, 11 anos) e Katharina (filha, 7 anos). Crédito: João Paulo Lucena

O que você já faz para ajudar na preservação da natureza? Deve mudar algo para poupar ainda mais o meio ambiente?

Ana Karina: Tudo! Faço tudo em prol do meio ambiente. Por exemplo: quando saio para passear a pé ou de bike, vou recolhendo o lixo que encontro pelo caminho, garrafas pets, sacos plásticos, latinhas, caixas de papel, tudo o que pode ser reciclado. Parece uma paranoia, mas me sinto bem fazendo isso! E minha filha de sete anos já entrou na mesma atividade consciente e me diz: “Mãe, vamos ajudar a natureza!” Fico orgulhosa de educá-la assim, minha semente já desabrochou!

Quais dicas relacionadas à preservação ambiental você gostaria de deixar para os leitores?

Ana Karina: Pense no futuro, agindo hoje. Que e qual planeta você quer deixar para seus filhos e netos e todas as gerações futuras? Não espere pela limpeza das ruas vinda das prefeituras e governantes, não espere que venha de cima, faça você mesmo e eduque seus filhos para a preservação e respeito ambiental. Não deixe para agir quando for ao meio do mato ou a uma floresta. Comece pela sua casa, pela sua rua, pelo seu bairro… Deixe pelo menos um dia seu carro na garagem e vá a pé, de bicicleta, de skate, de patins… Comece a mudança fazendo uma reforma íntima. Ser ambientalista pelas redes sociais é fácil, mas isso não trás resultados, somente as suas atitudes. Para ser ambientalista ninguém precisa saber disso.

A Iniciativa Verde já plantou mais de 780 mil árvores!

Desde a criação da ONG, mais de 780 mil árvores foram empregadas em recomposições florestais de áreas protegidas no Brasil. Este ano, a expectativa é passar o número de 1 milhão de árvores plantadas. Lembre-se que você também pode fazer parte desta história por meio dos programas Amigo da Floresta, doação de árvores, e do Carbon Free, onde as emissões de gases de efeito estufa são compensadas com o plantio de mudas. Veja, no infográfico, os principais locais de plantios feitos pela ONG Iniciativa Verde:

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Projeto Agricultura Legal cumpre sua missão: 58 famílias de agricultores beneficiadas

Pastas com os documentos de adequação ambiental de cada propriedade

Pastas com os documentos de adequação ambiental de cada propriedade

Mais uma ação da ONG Iniciativa Verde tem o seu objetivo alcançado. Este mês, o projeto “Agricultura Legal – Produzindo Sustentabilidade em Piedade” foi finalizado com 58 imóveis adequados ambientalmente. Uma parceria entre a ONG, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a Prefeitura de Piedade (interior de São Paulo), o projeto tinha um cunho ambiental, social e econômico: ajudar os proprietários rurais a regularizarem as terras agrícolas de modo que possam receber créditos para os processos de licenciamento ambiental, obterem licença para usar a água e condições para participar de programas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) ­– programas para o recebimento de uma determinada quantia de dinheiro por manter a floresta em pé.

No bate-papo abaixo, Roberto Resende, presidente da Iniciativa Verde, fala sobre como o projeto, que durou dois anos, é recompensador.

Como surgiu a ideia da criação projeto Agricultura Legal?

Quando soubemos do edital do Funbio para projetos de adequação ambiental, achamos que seria uma boa oportunidade de fazer um que expandisse a atuação da Iniciativa Verde incluindo temas novos como a regularização formal de propriedades rurais de maneira integrada com a recuperação florestal. Ao mesmo tempo, era uma oportunidade incentivar propostas de pagamentos por serviços ambientais adequados à realidade local. Tínhamos um bom contato com a Prefeitura de Piedade, o que permitiu uma conversa inicial para prepararmos juntos o projeto.

Quais os principais objetivos do projeto?

O objetivo geral era o de desenvolver um projeto piloto para um sistema de apoio à adequação ambiental de imóveis rurais no Estado de São Paulo, visando facilitar os processos de averbação de Reservas Legais (RL) em 60 imóveis e viabilizar mecanismos de valoração de remanescentes florestais ou de captação de recursos.

Como chegaram até os agricultores participantes?

O contato com eles foi feito, principalmente, por meio da Casa da Agricultura de Piedade.

Quais as principais dificuldades encontradas?

A execução deste projeto, que trata de adequação ambiental, coincidiu com um longo e importante processo de revisão do Código Florestal. A incerteza do cenário afetou negativamente a demanda por parte dos agricultores e também limitou as diretrizes técnicas e normativas tanto por parte da entidade executora quanto dos órgãos públicos. Devido a essa incerteza, alguns setores de organizações de produtores ficaram resistentes.

Podemos destacar ainda que a parte final do projeto coincidiu com as eleições municipais, quando houve troca de administração da Prefeitura de Piedade. Independente das eleições, a parceria com a Prefeitura de Piedade foi fundamental para a realização das atividades, especialmente, nas etapas de divulgação e comunicação e no apoio logístico às atividades técnicas.

Como o projeto ajuda diretamente o agricultor?

Ele ajuda na legalização do imóvel perante a legislação ambiental a custo quase zero – as estimativas feitas por consultores particulares do custo dessa legalização é de R$ 2 mil até R$ 3 mil reais.

Qual a importância dele com relação ao Cadastro Ambiental Rural (CAR)?

O projeto permitiu a entrada de 58 imóveis no cadastro, este ainda em fase inicial de operação. Além disso, o projeto contribuiu para o aumento da capacidade dos envolvidos (ONG Iniciativa Verde, Prefeitura de Piedade, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), agricultores e suas organizações) para implantar ações de adequação ambiental.

De alguma maneira, o Agricultura Legal impacta os hortifrutis que chegam à capital paulista?

A melhoria ambiental em si contribuiu para uma produção mais saudável melhorando a disponibilidade água, diminuindo pragas e doenças. O impacto direto ainda é pequeno, mas ele cooperou para melhoria efetiva do meio ambiente e formal (de documentação) da agricultura de Piedade.

Como o projeto é útil para a economia da região de Piedade?

O fato de o projeto ajudar na regularização dos agricultores permite a eles acesso aos instrumentos previstos na lei, ao licenciamento e, mais tarde, ao crédito rural. Os agricultores terão facilidade em participar de certificação ambiental e orgânica. Por fim, esse é um passo inicial para projetos de pagamentos por serviços ambientais (PSA) e servidão ambiental – que permite obter renda dos excedentes de floresta no imóvel.

Quais os principais resultados do Agricultura Legal?

O projeto ofereceu subsídios aos órgãos públicos (SMA) responsáveis pelo CAR como uma das maiores experiências do tipo no estado de São Paulo. Foram 60 imóveis trabalhados, muitas conversas, vistorias, mapas e análises de documentação. O projeto também mapeou áreas para Reserva Legal e áreas ciliares fora do uso consolidado que precisam ser recompostas. Os processos para o CAR foram iniciados no Órgão Ambiental e a Iniciativa Verde oferecerá árvores por meio do nosso Projeto Carbon Free, que compensa emissões de carbono com o plantio de mudas, para recuperar as propriedades – já que os processos apenas podem ser protocolados no CAR após terem um Plano de Recuperação Ambiental. A Iniciativa Verde também ajudará no processo de remuneração no excedente de Reserva Legal em articulação com os proprietários.

Além disso, o projeto rendeu novos frutos! A experiência dele foi incorporada na montagem do projeto Plantando Águas, aprovado pelo Edital Petrobras Ambiental 2012. O objetivo do Plantando Águas é adequar propriedades rurais do estado de São Paulo de acordo com o que estabelece o “novo” Código Florestal para recuperar e conservar os recursos hídricos. O projeto deverá ser colocado em prática já no segundo semestre de 2013 e contará com patrocínio da Petrobras por dois anos.

Iniciativa Verde restaura mais de 120 hectares em projeto com o BNDES

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Funcionários da Associação de Produtores Rurais de Gabriel Monteiro durante o plantio em área rural no município

A ONG Iniciativa Verde atingiu, no final de maio, uma área de restauro de 123 hectares, de um total de 425 contratados no projeto Iniciativa BNDES Mata Atlântica. Como o contrato possui a duração de quatro anos, a organização acredita que irá cumprir plenamente as metas de restauro no prazo determinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para Roberto Resende, presidente da Iniciativa Verde, o alcance desse número representa um grande esforço para recuperação da Mata Atlântica. Até agora são 60 diferentes propriedades rurais em dez munícipios em São Paulo e Paraná. Esse trabalho é feito de forma conjunta com os proprietários, sempre de forma voluntária. Em alguns casos, combinado com associações de produtores rurais.

Também há uma integração com outros programas, como o Produtor de Água na Bacia do Piracicaba, em São Paulo. Este é um projeto de pagamento por serviços ambientais, desenvolvido por um conjunto de organizações não governamentais como TNC e WWF e públicas como Agência Nacional de Águas (ANA) e Secretarias de Agricultura e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

Iniciativa BNDES Mata Atlântica

O projeto Iniciativa BNDES Mata Atlântica disponibiliza apoio financeiro, com recursos não reembolsáveis, para projetos de restauração do bioma, dos mais ricos em biodiversidade e dos mais ameaçados do mundo, em áreas ciliares de preservação permanente e unidades de conservação.

A parceria assinada com a Iniciativa Verde foi desenhada de maneira que fornece os insumos necessários para que a plantio seja realizado, como adubos, e suporte técnico para capacitar o plantio.

Entre as frentes já contempladas no projeto estão áreas localizadas nos estados de São Paulo e do Paraná. Os locais e suas respectivas áreas em São Paulo são: Vale do Paraíba com 26 hectares (ha); Cantareira, 39 ha; Garça, 9 ha; Pacaembu, 16 ha; Gabriel Monteiro 24 ha; Botucatu 4 ha. Em Nova Aurora, no Paraná, foram restaurados outros 6 hectares.

Novo projeto Plantando Águas será patrocinado pela Petrobras

O projeto Plantando Águas elaborado pela ONG Iniciativa Verde em parceria com cerca de 20 instituições foi aprovado em abril deste ano pelo Programa Petrobras Ambiental. Ele tem como objetivo adequar propriedades rurais do estado de São Paulo de acordo com o que estabelece o “novo” Código Florestal para recuperar e conservar os recursos hídricos. O projeto deverá ser colocado em prática já no próximo semestre e contará com patrocínio da Petrobras por dois anos. Aproximadamente, 200 famílias serão beneficiadas diretamente nos municípios de Iperó, Itapetininga, Piedade, Porto Feliz, Salto de Pirapora e São Carlos.

Com o Plantando Águas, a Iniciativa Verde e seus parceiros pretendem recuperar 50 hectares de áreas de preservação permanente (APPs) de Mata Atlântica, executar 24 hectares de sistemas florestais produtivos e implementar mais de 140 módulos de saneamento. Por fim, o projeto visa encaminhar a adequação ambiental de pelo menos 85 imóveis, fazendo a inscrição destes no Cadastro Ambiental Rural (CAR) criado pelo “novo” Código Florestal.

Essas atividades serão desenvolvidas em áreas onde vivem agricultores familiares, situadas em bairros rurais (em Piedade e São Carlos), em assentamentos de reforma agrária (em Iperó, Itapetininga, Porto Feliz e São Carlos) e em uma comunidade remanescente do quilombo (Cafundó, em Salto de Pirapora).

Educação ambiental

Além disso, o projeto terá um espaço reservado para educação ambiental voltada a crianças e demais interessados, no município de São Carlos, e produzirá material educativo sobre o tema – aliás, a maioria desse material também será disponibilizada on-line. O público direto previsto para as ações de educação ambiental é de 2.500 alunos do ensino fundamental.

Os agricultores poderão participar de oficinas gratuitas sobre saneamento, monitoramento da água, agroecologia (que aborda a prática da agricultura com respeito à biodiversidade) e legislação florestal. Após as oficinas, os interessados contarão com a ajuda do projeto para colocar essas atividades em prática.

Resultados

Ao final do projeto, os agricultores familiares e quilombolas participantes terão saneamento, conseguirão acompanhar a qualidade da água que corta as propriedades, poderão retirar proventos de uma agricultura menos agressiva à biodiversidade brasileira e terão as propriedades adequadas ao “novo” Código Florestal.

Aguarde mais informações sobre o projeto no site da Iniciativa Verde.

Parceiros do projeto:

Amigos do Ribeirão Feijão; Instituto de Terras de São Paulo (ITESP); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA); SAAE Serviço Autônomo de Águas de São Carlos; Prefeitura de São Carlos; ETEC Escola Técnica Estadual de Piedade; Núcleo de Agroecologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar/ Sorocaba); Prefeitura de Piedade; Cooperativa Mista de Agricultores, Apicultores, Pecuaristas e Pescadores de Porto Feliz (Comapre); Cooperativa de Produção e Prestação de Serviços dos Assentados e Pequenos Agricultores de Porto Feliz (Coopap); Associação dos Remanescentes de Quilombo Kabundu do Cafundó; Cooperativa de Produção da Agricultura Familiar São Jorge (Coopas), Iperó; Associação Amigos Produtores Rurais de Itapetininga; Programa de Educação Ambiental Amigos do Ribeirão Feijão São Carlos.